top of page

tradução

Autor da foto não encontrado
Lew_Welch.jpg
2ebae2148e5890c6a93fc30278bcf7de.jpg

 Lew Welch e Allen Ginsberg 

md9346027180.jpg

 1976 

10-25-12_Welch.jpg

 Gary Snyder, Philip Whalen e Lew Welch 

3737cd12-bac0-11e4-9b98-e5b9d0d6a75f.jpg

 1979 

ginsberg.jpg

 Allen Ginsberg, Lew Welch e uma mulher desconhecida 

Lew-Welch-Gary-Snyder-and-Philip-Whalen-

 Lew Welch, Gary Snyder e Philip Whalen 

welch111.gif

 parte 2 do poema De "As Canções do Eremita"

tranter-Philip-Whalen-Gary-Snyder-and-Le

 Gary Snyder, Philip Whalen e Lew Welch 

Lew Welch
1926 - 1971

O poeta Lewis Barrett Welch nasceu em Phoenix, Arizona, no ano de 1926. Após seus pais se divorciarem, ele se mudou com sua mãe e irmã para várias cidades da Califórnia. Depois do colegial, serviu brevemente na Força Aérea. Welch se formou pela Faculdade Stockton Junior, Faculdade Reed (onde ele ganhou uma BA), e Universidade de Chicago. Na Reed, ele foi companheiro de quarto dos poetas Gary SnyderPhilip Whalen, pessoas com quem desenvolveu uma amizade duradoura.

 

Em seguida, visitou William Carlos Williams, um poeta que ele admirava muito, em Nova Jersey. Welch viveu por um certo tempo na cidade de Nova York, onde escreveu um anúncio para Montgomery Ward. Ele retornou para Califórnia, viveu em Nevada por pouco tempo e se restabeleceu em San Francisco em 1963, onde lecionou na Universidade da Califórnia de Workshop de Poesia Estendida. Ele ajudou sua parceira de longa data Magda Cregg a criar seu filho, Hugh Anthony Cregg III, que quando adulto ao se tornar músico muda seu nome para Huey Lewis em homenagem a Lewis Welch.
 
Atraído pela poesia após descobrir o trabalho de Gertrude Stein na faculdade, Welch escreveu poemas com jogos de palavras e imagens; em sua obra, ele explorou a natureza, a cultura pop e a prática espiritual. Ele muitas vezes se reuniu com poetas beat, e Jonah Raskin descreveu Welch como “um Walt Whitman pós-moderno” em San Francisco Chronicle. “para a prática da poesia ele assumiu […] um estado pleno e intenso de meditação” apontou Raskin. “Não me admira que seus poemas luminosos possam ser sentidos de forma tão vibrante hoje como quando eles se saltam da fonte de criatividade em sua própria cabeça”.

 

Em seu célebre ensaio “Linguagem é Fala”, Welch descreve a linguagem como “Fala. O barulho de uma Tribo fazendo seu trabalho. Você não pode controla-lo, não pode corrigi-lo, você apenas pode ouvir isto e usá-lo como tal. Se você quiser escrevê-lo, você tem que querer construir coisas fora da linguagem e para que realize isso você tem que saber, realmente saber em seu ouvido e sua língua e, mais tarde, sobre o papel, que linguagem é fala.”
 
A obra de Welch inclui a antologia The New American Poetry (1960). Ele publicou várias coleções de poesia durante sua vida, incluindo Wobbly Rock (1960) e Hermit Poems (1965). Sua prosa inclui How I Work as a Poet (1973) e How I Read Gertrude Stein (1996, póstumo). Originalmente publicado como uma diminuta versão de poemas selecionados em 1973, Ring of Bone: Collected Poems foi ampliado graças ao poeta Gary Snyder em 2012, ganhando uma nova introdução. Welch é também objeto do estudo crítico Genesis Angels: The Saga of Lew Welch and the Beat Generation (1979), por Aram Saroyan.
 
Welch desapareceu em Sierra Nevada em 1971. A Biblioteca Geisel Universidade da Califórnia em San Diego possui uma seleção de seus artigos.

​

Texto traduzido por Rodrigo Briveira. Fonte: https://www.poetryfoundation.org/poets/lew-welch

Anel de Osso | Poemas de Lew Welch
tradução de Rodrigo Briveira

DE “AS CANÇÔES DO EREMITA”

​

 

                        1

​

A própria imperatriz serviu chá para Su Tung Po,
E lhe ordenou ser escoltado até sua casa
pelas palacianas, com tochas.

Tenho esquecido minha lanterna.
porre, nunca atravessarei esta
ponte bamba!

Até a Senhora no Céu me abandona!

​

                        2

​

Saia por sobre o Planeta.
Faça um círculo de cem pés em volta.

Dentro do círculo estão 300 coisas
Que ninguém entende e
Muito poucos até tem visto.

quantas você consegue encontrar?

​

                        3

​

Sempre que faço um novo poema,
Os antigos soam igual a uma babel.
Como posso recolhe-los em um livro?

Deixe que digam: ele normalmente viveu nas montanhas.
Ele viajou agora e então.
Quando ele aparecia nas cidades, ficava quase Sempre bêbado.

Muitos de seus poemas estão perdidos.
Aqueles que temos foram geralmente encontrados em cartas para seus amigos.

Ele teve um grande número de amigos.

 

                       4

 

eu me vi
anel de osso
no claro riacho
de tudo isto

e jurei,
estar sempre aberto a
tudo isto
que pode fluir

e então ouvi
“anel de osso” em que o
anel

soa como um sino!

​

***

​

FROM “THE HERMIT SONGS”

​

​

                        1

​

The Empress herself served tea to Su Tung Po,
And ordered him scorted home by
Ladies of the palace, with torches.

I have forgotten my flashlight.
Drunk, i’ll never get across this
Rickety bridge!

Even the Lady in the Sky abandons me!

​

                        2

​

Step out onto the Planet.
Draw a circle a hundred feet round.

Inside the circle are 300 things
Nobody understands and
Very few have ever even seen.

How many can you find?

​

                        3

​

Whenever I made a new poem,
The old ones sound like gibberish.
How can I ever collect them into a book?

Let them say: He usually lived in the moutains.
He traveled now and then.
When he appeared in cities, he was amost Always drunk.

Most of his poems are lost.
Those we have were usually found in
Letters to his friends.

He had a very great number of friend.

​

                        4

​

I saw myself
a ring of bone
in the clear stream
of all of it

And vowed,
always to be open to it
that all of it
might flow through

And then heard
“ring of bone” where
ring

is what a bell does!

​

​

***

​

Lew Welch, “Circle Poems” de Ring of Bone: Collected Poems of Lew Welch. Copyright © 2012
por Lew Welch. Reimpresso com permissão de City Lights Books.

Fonte: Ring of Bone: Collected Poems of Lew Welch (City Lights Books, 2012)

PRIMAVERA NAS MONTANHAS ROCHOSAS, LÍQUEN

​

​

Todos estes anos esqueci deles no
clamor do sono, este
salpico simbiótico de planta e fungo se alimentando
de rocha, sol, um pouco de umidade, ar —
minúsculas usinas-ácidas dissolvendo
o sal das rochas cheias de vida e
comendo-as.

​

Aqui estão eles, florescendo!
trilha rochosa, rampa e seixos, empoeirados com:
ferrugem, marfim, brilhante verde-amarelo, e
escarpas como murais!
painéis vastos rajados e arranjados, calmamente
com estrelas-cadentes e predadoras na base.

​

Mais perto, com a lupa, uma cidade de cálices!
Aglomerados de cogumelos e onde as plantas
começam? Por que eles estão fazendo isto?
Neste céu imenso e tudo ao meu redor a enfraquecer &
geleiras derretendo, por que sou feito para
Ajoelhar e me igualar ao Pequenino?

​

Estes são os selos do último envelope.

​

Como podem os venenos alcança-los?
Com este ar escasso, como eles podem se importar com a
perda de um milhão de respirações?
o que, possivelmente, poderia tornar sua terra mais limitada?

​

Deixe tudo morrer.

​

O globo silenciado irá esperar e esperar pelo
que é hoje tão pequeno e lento para
se abrir outra vez.

​

Como agora, de fato, ele se abre outra vez, este
veludo sem cheiro,
triturador-de-rochas,

​

este Líquen!

​

***

​

SPRINGTIME IN THE ROCKIES, LICHEN

​

​

All these years I overlooked them in the
racket of the rest, this
symbiotic splash of plant and fungus feeding
on rock, on sun, a little moisture, air —
tiny acid-factories dissolving
salt from living rocks and
eating them. 

​

Here they are, blooming!
Trail rock, talus and scree, all dusted with it:
rust, ivory, brilliant yellow-green, and
cliffs like murals!
Huge panels streaked and patched, quietly
with shooting-stars and lupine at the base. 

​

Closer, with the glass, a city of cups!
Clumps of mushrooms and where do the
plants begin? Why are they doing this?
In this big sky and all around me peaks &
the melting glaciers, why am I made to
kneel and peer at Tiny? 

​

These are the stamps of the final envelope. 

How can the poisons reach them?
In such thin air, how can they care for the
loss of a million breaths?
What, possibly, could make their ground more bare?

​

Let it all die.

​

The hushed globe will wait and wait for
what is now so small and slow to
open it again.

​

As now, indeed, it opens it again, this
scentless velvet,
crumbler-of-the-rocks, 

​

this Lichen!

​

***

​

Lew Welch, “[I Saw Myself]” from Ring of Bone: Collected Poems of Lew Welch. Copyright © 2012 by Lew Welch. Reprinted by permission of City Lights Books.

Source: Ring of Bone: Collected Poems of Lew Welch (City Lights Books, 2012)​

bottom of page